A cidade do Rio de Janeiro recebeu um visitante para lá de raro: um esquilo branco. O animal foi avistado e identificado no Parque Estadual da Pedra Branca, na Zona Oeste da capital fluminense.
O esquilo é de uma variação do esquilo marrom, da espécie Guerlinguetus ingrami, conhecida popularmente como Caxinguelê. Antes de fazer sua aparição em terras cariocas no final do mês de outubro, o animal só havia sido avistado na Escócia e na Inglaterra.
Quem fez o registro foi o condutor de trilhas do parque (e sortudo!) Iarle Wally. No anúncio do governo do estado, Wally comentou que o encontro foi mais que uma surpresa.
“Eu me formei como condutor de visitantes em 2016, mas desde 2008 eu faço trilhas na Pedra Branca. Eu sempre gostei de fotografar os animais que encontro por esses caminhos, alguns se assustam, outros são mais tranquilos. Quando eu fotografei o Caxinguelê, não sabia que era uma espécie tão rara”.
Características do esquilo branco
Sua aparência é causada por uma mutação genética, chamada leucismo, que provoca a perda parcial da sua pigmentação. A condição é diferente do albinismo, que é a ausência completa de melanina.
Por causa da sua coloração, ele acaba sendo presa fácil para predadores. Por isso, é muito difícil que o esquilo branco chegue à sua fase adulta. Para tentar despistar seus caçadores, ele costuma se locomover pela copa das árvores, descendo apenas para buscar alimentos ou enterrar sementes.
Sua visita à cidade maravilhosa resultou em uma mobilização dos especialistas e confirmou a importância do investimento no cuidado das nossas matas e florestas.
“Quando a gente recebeu a foto e não reconheceu a espécie, nossos técnicos entraram em contato com pesquisadores de Stanford e Harvard, que confirmaram ser o animal visto apenas no Reino Unido. A probabilidade de achar uma espécie dessa é de uma em um milhão, o que deixa claro a importância do trabalho de preservação realizado na Pedra Branca” – contou Alex Ignácio, gestor do Parque Estadual Pedra Branca.
Uma das maiores florestas urbanas do mundo
O Parque da Pedra Branca, uma das 39 unidades de conservação do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e uma das maiores florestas urbanas do mundo, é reconhecido internacionalmente como uma área prioritária para conservação de biodiversidade. Os seus quase 12.500 hectares preservam um remanescente da Mata Atlântica em um ponto estratégico da cidade.
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