O meio ambiente precisa de um cuidado ainda maior para ontem! Mas em meio a tantos alertas, também temos notícias boas. Três ararinhas-azuis e uma anta querem fazer você começar a semana melhor.
Elas são protagonistas de filme de animação. Porém, na história da vida real, as araras-azuis foram declaradas extintas do Brasil há 20 anos. A espécie só existe em cativeiros privados, totalizando 240 ararinhas registradas no mundo, segundo informações do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Mas o objetivo é mudar essa realidade. E o primeiro passo foi dado! Três filhotes de ararinhas-azuis nasceram na região da Caatinga baiana. Eles são fruto de um casal que veio entre 52 exemplares repatriados da Alemanha.
O nascimento dos filhotes acontece por meio de uma parceria entre o ICMBio e a Association for the Conservation of Threatened Parrots (ACTP). A associação alemã de conservação dos papagaios ameaçados, segundo informações da Agência Brasil, detinha grande número de espécies de arara-azul. Cerca de 52 animais vieram para o país e 14 deles estão em pares para reprodução.
Esse acordo foi estabelecido ainda em 2019 e conta com a participação de outros países como Bélgica e Singapura. As ararinhas, agora, vão ser reintroduzidas na natureza. Este é o primeiro nascimento fora dos cativeiros, ou seja, na área de ocorrência histórica da espécie.
Surpresa no Rio de Janeiro
E enquanto as ararinhas-azuis se preparam para voltar ao seu habitat natural, aqui no Sudeste quem apareceu foi a anta.
Um filhote de anta nascido livre foi visto recentemente na Reserva Ecológica de Guapiaçu, em Cachoeiras de Macacu – RJ. A observação foi uma grata surpresa já que, de acordo com os pesquisadores da reserva, o animal foi extinto no estado do Rio há mais de 100 anos! Infelizmente devido à caça e ao desmatamento.
Para reverter essa situação, o animal foi reintroduzido na reserva em 2018, com a soltura de três antas. “O nascimento de um novo filhote é sinal de que a reintrodução está no caminho certo. A equipe ficou muito feliz e torce para que todo ano sejamos surpreendidos com o nascimento de novos filhotes”, comemorou o professor do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) e coordenador do projeto, Maron Galliez, em entrevista à Agência Brasil.
Este é o segundo filhote de anta nascido livre na Guapiaçu. Ao longo das próximas semanas, a reserva receberá três novas antas para iniciar o processo de aclimatação e a soltura na floresta.
Esse trabalho acontece por meio da parceria do Refauna e do Projeto Guapiaçu. A reintrodução fica a cargo do Laboratório de Ecologia e Manejo de Animais Silvestres do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) e pela Faculdade de Formação de Professores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).
Que venham mais notícias como essas!
Acompanhe as últimas notícias do meio ambiente no Festival da Sustentabilidade!