Amazônia perde área equivalente à cidade do Rio de Janeiro em maio de 2021

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A cidade do Rio de Janeiro tem 1.200 km² de área. Bem grande, certo? Agora imagina que todo esse território seja apagado. Loucura! Mas foi isso o que aconteceu na Amazônia no mês de maio. Uma área equivalente a cidade maravilhosa foi completamente devastada.

O levantamento é do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), divulgado na quarta-feira, 16 de junho. E para se ter uma noção do estrago, esse é o maior número da série histórica para o mês dos últimos dez anos.

Maio é o terceiro mês consecutivo que o desmatamento na região bate recorde. E em comparação ao mesmo período de 2020, o desflorestamento aumentou 70%.

E como é feito o monitoramento? A região da Amazônia Legal é monitorada pelo Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD), plataforma desenvolvida pelo Imazon. São utilizadas imagens de satélites e de radares.

Os especialistas atribuem esse aumento significativo ao desmatamento ilegal, a falta de políticas públicas voltadas à preservação e ausência de fiscalização.

As consequências do desmatamento na prática

A maioria já deve saber que o desmatamento causa alterações climáticas e comprometimento da biodiversidade. Mas vai muito além disso. Mexe com todo o ecossistema e impacta diretamente na nossa vida, todos os dias (muito mais do que se pensa).

Um exemplo: a conta de luz está cara, não é? Nem chegamos ao ponto alto do inverno e já estamos em bandeira vermelha patamar dois. Essa crise hídrica que vem acontecendo no país é só uma pequena amostra do que vai acontecer se o desmatamento na Amazônia continuar.

De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), a floresta é uma fonte importante de umidade para levar chuvas para as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul.

Usina Hidrelétrica de Itaipu, responsável por abastecer grande parte do Sudeste, com o nível de água baixo

A alta na conta de luz afeta também o preço dos alimentos, já que, sem chuva, a produção de comida sofre.

Como a maior parte da energia produzida no Brasil é feita por hidrelétricas, sem chuva, não há geração apropriada. O governo é obrigado a acionar as usinas termelétricas para garantir o fornecimento de energia. Esse modelo contribui ainda mais para a emissão de carbono.

Olha esse dominó de malefícios. E só foi um exemplo.

Como contribuir para a preservação

Mas como vou ajudar a Amazônia se estou em outro estado, a quilômetros de distância? Existem diversas opções e vamos listar algumas mais simples. Confira.

1 – Contribuir com doações e/ou voluntariado em organizações que atuam na preservação da floresta
2 – Assinar petições a serem encaminhadas para o Senado, Câmara e Governo Federal, cobrando medidas efetivas
3 – Apoiar a proteção e o amparo às comunidades indígenas
4 – Cobrar das autoridades (da escala local até a nacional) políticas públicas de incentivo à plantação, fiscalização e penalidades aos infratores

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