Aeroporto Internacional do Rio investe em reciclagem e reaproveitamento de resíduos

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O Aeroporto Internacional do Rio. Foto: Thiago Saramago

O Aeroporto Internacional Tom Jobim – RIOgaleão, no Rio de Janeiro, está em rumo a novos ares. O destino? A sustentabilidade. Nesses sete anos de concessão, o aeroporto já mandou mais de 7 mil toneladas de resíduos para a reciclagem e já reaproveita 74% do que produz. O objetivo para os próximos anos é aumentar as ações em prol do meio ambiente.

Números

Em números específicos, são 7.280 toneladas de resíduos recicláveis encaminhadas para cooperativas de recicladores da região da Ilha do Governador, zona norte do Rio de Janeiro. Já resíduos orgânicos, 6.883 toneladas foram encaminhadas para compostagem.

Se a gente somar, as duas frentes seriam capazes de carregar mais de 18 aeronaves AN-225 (maior avião cargueiro do mundo) em suas capacidades máximas.

Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

Os dados são do Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, implementado pelo RIOgaleão, em 2014. De acordo com os indicadores do sítio aeroportuário, a reciclagem passou de 22% em 2015 para 47% em 2020.

Integrantes da concessionária, prestadores de serviços e cessionários (lojas, bares e restaurantes) recebem treinamentos frequentes sobre a importância da gestão dos resíduos gerados em suas atividades.

Para facilitar a seleção, em vez de vários coletores com cores diferentes, a opção foi por apenas dois modelos: para recicláveis e não recicláveis. E, para envolver os passageiros de um dos maiores e mais movimentados aeroportos do Brasil, coletores foram espalhados pelos terminais.

O primeiro passo foi implantar a coleta seletiva. Depois, em 2017, foi iniciado o projeto Ciclo Orgânico. A iniciativa encaminha para a compostagem resíduos orgânicos, junto com as aparas de grama geradas no corte de vegetação do aeroporto. Com isso, o material passou a ser transformado em adubo orgânico. Parte dele retorna para os jardins do Tom Jobim, minimizando a pressão sobre os aterros sanitários da cidade.

Segundo a gerente de Sustentabilidade do RIOgaleão, Milena Martorelli, em entrevista ao Jornal Extra, atualmente só é mandado para o aterro o que é descartado em banheiros e resíduos que alguns colocam no local errado. A equipe do aeroporto vem estudando tecnologias para conseguir utilizar todos os resíduos. Uma das ideias é gerar energia.

Karen Shigueno, responsável pelo Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, também destaca a importância da participação coletiva.

“É preciso ampliar a consciência de que os resíduos gerados pelos seres humanos não desaparecem e que o comportamento de cada um faz uma enorme diferença na redução do impacto ao meio ambiente. Se todo mundo fizer a sua parte, o ganho será coletivo. Gestão de resíduos não é uma resolução individual”.

Em 2019, o RIOgaleão recebeu o Selo ANAC Aeródromo Sustentável Avançado. Consagrado como um dos aeroportos mais avançados em sustentabilidade em todo o Brasil.

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