Semana Nacional de Trânsito: o meio ambiente e a mobilidade urbana

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Ciclovia vazia em meio à uma Avenida Paulista, em São Paulo, congestionada

Começou a Semana Nacional de Trânsito! Prevista pelo Código de Trânsito Brasileiro, a iniciativa acontecerá entre os dias 18 e 25 de setembro. A ideia é fazer as pessoas refletirem sobre a responsabilidade de cada um no trânsito e harmonizar a mobilidade urbana.

Este ano, o tema é “No trânsito, sua responsabilidade salva vidas”. Para impulsionar as ações de conscientização no trânsito, foi assinado no último dia 17 o novo Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans). A meta é reduzir pela metade as mortes no trânsito até 2028 e salvar mais de 86 mil vidas.

Dia Mundial Sem Carro

Dentro das atividades da semana, acontece também o Dia Mundial Sem Carro. Comemorado na quarta-feira, 22, são realizadas diversas ações em todo o mundo em defesa do meio ambiente e da qualidade de vida.

O primeiro país a comemorar essa data foi a França, no ano de 1997.

Paris, na França, no Dia Mundial Sem Carro em 2015. Foto: Divulgação/Prefeitura de Paris

No início dos anos 2000, eventos em prol da data começaram a surgir no Brasil, sendo intensificados em 2011.

O objetivo é que as pessoas passem a experimentar, nem que seja por um dia, formas alternativas de mobilidade, além do carro de passeio, escolha tradicional. É um estímulo à reflexão sobre o uso excessivo do automóvel e a dependência criada em relação ao carro ou a moto.

Não podemos omitir que o uso de automóveis facilita e muito a rotina. Mas a utilização descontrolada acarreta muito mais problemas do que “apenas” um congestionamento. O aumento no consumo de combustíveis gera mais poluentes para a atmosfera, principalmente de gás carbônico (Co2). Esse gás é considerado por muitos cientistas um dos principais responsáveis pela intensificação do efeito estufa e o agravamento do aquecimento global.

Outros efeitos talvez possam até ser mais difíceis de perceber, mas são apontados pelos especialistas na área. São eles: mortes e sequelas de vítimas de acidentes, stress, isolamento e frustração, agressividade e violência, doenças cardiovasculares e respiratórias, poluição do ar e das águas, aumento da temperatura das cidades e mais.

Um trajeto com alternativas

Pode parecer ser só um carro e que não vai ter tanto problema assim. É por isso que o Cycling Promotion Fund quis mostrar como optar por transporte coletivo e bicicletas são alternativas eficazes para o dia a dia.

Comparação de 60 pessoas em um ônibus, 60 ciclistas e 60 motoristas em seu carro particular. Foto: CPF


Dependendo da distância, até mesmo a caminhada é considerada a melhor opção para se deslocar de um lugar para o outro. Essas opções contribuem com o meio ambiente e ainda auxiliam sua saúde.

Outro benefício é permitir vias livres para a locomoção daqueles que realmente vão precisar de carros, como ambulância, polícia, bombeiros etc. Caso o carro, de fato, seja indispensável para a sua realidade, considere uma carona solidária combinada com um colega de escritório ou com algum amigo que faça o mesmo trajeto.

É claro que, no nosso cotidiano, o uso da bicicleta não depende exclusivamente de uma escolha pessoal, é necessária também uma política pública que incentive essa mudança. O mesmo é válido para o transporte público que não é eficiente em muitos locais.

Com mudanças no estilo de vida, juntos podemos pressionar as autoridades para promoverem um desenvolvimento urbano sustentável e uma mobilidade urbana inclusiva.

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