Elas podem ser pequenininhas, mas têm um papel enorme na qualidade dos alimentos e da vida na Terra. As abelhas são mais do que fazedoras de mel. E sem elas, podemos entrar em colapso.
As abelhas são responsáveis pela polinização de mais de 70 das 100 espécies de vegetais que fornecem 90% dos alimentos para o planeta, segundo relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
Dessa forma, além da abelha conseguir seu alimento, a agricultura se beneficia da polinização, que amplia sua produtividade e garante frutos com mais qualidade e, assim, com maior valor de mercado. Menor custo para o consumidor também.
Além do mel e da polinização, as abelhas produzem cera de abelha, geleia real e própolis.
Apicultura
A apicultura é praticada há milênios. Há registros desde os tempos do Antigo Egito e da Grécia Antiga. As abelhas têm aparecido na mitologia e folclore, através de todas as fases da arte e da literatura, desde os tempos antigos até os dias atuais.
No Brasil, mesmo antes da introdução das abelhas melíferas pelos colonizadores europeus, os indígenas já utilizavam o mel das abelhas nativas em sua alimentação. Essas abelhas nativas, por haverem coevoluído com a flora local, são responsáveis por até 90% da polinização da vegetação.
Ao longo de milhares de anos de evolução, em que se espalharam por todo o mundo, adaptaram-se a diversos habitats e criaram uma espantosa diversidade.
Brasil entre os maiores produtores de mel
O Brasil ocupa o 11° lugar no ranking de maiores produtores de mel no mundo em toneladas. Em 2019, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção foi de 45,9 mil toneladas.
Foi registrado também um aumento nas exportações. De janeiro a junho de 2020, o país exportou 20.262 toneladas do produto, volume 77% maior do que foi exportado no ano interior. Os principais parceiros do setor foram os Estados Unidos e Alemanha, mas também podemos destacar as vendas para o Canadá, Bélgica, Holanda, Austrália e Dinamarca.
Os médicos-veterinários e zootecnistas são atores importantes nesse cenário, onde, atuando em conjunto, garantem a produtividade, qualidade e inocuidade dos produtos das abelhas e a sanidade das colmeias.
Conservação das abelhas
Estudos recentes apontam que as abelhas estão desaparecendo. E isso é mais perigoso do que parece! A preocupação é mundial e a conservação das abelhas ganha destaque.
Há diversos fatores que colocam a vida delas em risco. A mais reconhecida é o amplo uso de inseticidas, defensivos agrícolas utilizados em todo o mundo, que atingem os sistemas nervoso e digestório dos insetos, provocando desarranjos em seus sistemas de navegação. As abelhas morrem intoxicadas ou perdem o caminho de volta, deixando a colmeia vazia. Em casos mais graves, elas não conseguem se alimentar e morrem por inanição.
A redução dos habitats naturais, as doenças, as espécies invasoras e as mudanças climáticas também são escolhidas como fatores.
Em um mundo sem abelhas, o homem não ficará apenas sem o mel e as flores. Ficará sem alimentos! O físico teórico alemão Albert Einstein, já alertava sobre esse problema e associa até mesmo as abelhas à vida na Terra.
“Sem abelhas não há polinização, não há reprodução da flora, sem flora não há animais, sem animais, não haverá raça humana”.
Acompanhe as últimas notícias do meio ambiente no Festival da Sustentabilidade!