A pior seca em 91 anos é um dos motivos da crise hídrica desse ano no Brasil. Com a crise na energia e o risco de apagões, aumentou a procura por outras fontes energéticas. E existe uma opção certeira. Saiba por que a energia solar é a melhor escolha para você e o planeta!
Os reservatórios das hidrelétricas foram reduzidos a níveis críticos e são responsáveis por 70% da energia hidráulica do país. Isso forçou o governo a acionar as usinas termelétricas que são mais caras e mais poluentes, além de criar uma bandeira vermelha muito mais cara do que a que existia.
Com o aumento exorbitante da conta de luz, a procura pela energia solar foi uma das maiores dos últimos anos. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), somente nos seis primeiros meses deste ano, 126.122 novos estabelecimentos começaram a produzir sua própria energia a partir de geradores de energia solar conectados à rede elétrica no Brasil.
Isso significa que esse é o melhor momento da tecnologia no país desde 2012, ano da regulação do segmento de Geração Distribuída (GD). Mas qual é o “segredo” da energia solar?
Mais sustentável e independente
A energia solar é sustentável. Sua matéria prima é originada da natureza, ou seja, a captação de energia elétrica é feita pela luz do sol. Desta forma, os recursos naturais podem ser usados de forma abundante e renovável, não afetando o meio ambiente.
A utilização de fontes de energia renováveis é fundamental para que as gerações futuras não sejam afetadas, uma vez que os recursos não se esgotam e estão disponíveis gratuitamente. Além disso, o fornecimento de energia é independente e você não fica no escuro quando a companhia de energia não dá conta!
O investimento em energia evita a emissão de CO2 e também retira a dependência que existe hoje no Brasil de energia hídrica das hidrelétricas, que atualmente tem níveis muito reduzidos de água.
Como funciona
Quando dimensionado corretamente, um painel fotovoltaico pode gerar toda a energia que é consumida em qualquer tipo de imóvel, desde pequenas casas até grandes indústrias.
Como os painéis só funcionam durante o dia, os sistemas são projetados para gerar mais energia nesses momentos e enviar o excedente para a rede elétrica, que é convertido em créditos.
Durante a noite, o imóvel é atendido pela rede da distribuidora e a energia consumida é contabilizada como débito. No final do mês, a distribuidora contabiliza os créditos e os utiliza para abater o débito, assim, o consumidor só paga a taxa mínima de luz.
Brasil na lista dos países que mais utilizam esse tipo de energia
O Brasil está na lista dos dez países que mais instalaram sistemas de energia solar no mundo em 2020 e em primeiro lugar na América Latina.
De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a potência operacional de energia solar em projetos centralizados superou a de termoelétricas movidas a carvão. Atualmente, são 3,8 gigawatts (GW) em operação por usinas solares conectadas ao Sistema Interligado Nacional, o SIN, contra 3,6 GW de projetos pelo combustível fóssil.
Existem milhares de instalações operando no país e três delas são as maiores: a usina de São Gonçalo do Gurguéia – PI, usina do Cadeg – RJ e usina de Sobradinho – BA.
A Usina Solar de São Gonçalo do Gurguéia é a maior em terra do Brasil, ocupando uma área equivalente a 1.500 estádios de futebol. O projeto é da Enel e possui potência atual de 608 megawatts.
A maior sobre telhado, a Usina Solar do Centro de Abastecimento do Estado da Guanabara (Cadeg) abriga 5.124 placas solares em uma área de 10 mil m², gerando uma economia de R$ 140 mil por mês ao mercado.
O reservatório da hidrelétrica de Sobradinho, na Bahia, foi escolhido para receber o maior projeto de usina solar flutuante do Brasil. Conta com 1 MW de capacidade vindos dos 3.792 módulos fotovoltaicos.
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