Neste sábado, 11 de setembro, comemora-se o Dia Nacional do Cerrado. A data foi criada em 2003 para marcar o seu valor para a biodiversidade do país. É um conjunto de biomas mais rico do que se imagina e que também precisa urgentemente de ações em prol da sua preservação.
O Cerrado, de acordo com o ICMBio, é considerado a savana mais rica do mundo: abriga 11,6 mil espécies de plantas nativas, 200 espécies de mamíferos, 800 espécies de aves, 180 de répteis, 150 de anfíbios e 1200 espécies de peixes.
Está situado no coração do país. Presente em onze estados brasileiros. São eles: Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí, São Paulo, Paraná, Rondônia – e no Distrito Federal, ocupando ¼ do território brasileiro. É o segundo maior domínio natural do país em extensão territorial. Fica atrás apenas da Amazônia. São mais de 25 milhões de brasileiros que vivem dentro das fronteiras do Cerrado.
Esse conjunto único no mundo se expande também para partes da Bolívia e do Paraguai. O que o torna um dos maiores em formação vegetal na América do Sul.
Por sua localização, o Cerrado une-se com a Amazônia, Mata Atlântica, Caatinga e Pantanal. Dessa forma, compartilha animais e plantas com estas regiões. Quer mais um destaque para essa região? Ela também abriga exemplares únicos da biodiversidade, conhecidos como espécies endêmicas.
Um dos itens que mais chama a atenção no Cerrado é a água. Muitos acreditam que há falta desse recurso, quando, na verdade, ele é muito rico em água. Mesmo com uma estação seca bem definida, que geralmente vai de maio a setembro, os rios que nascem no Cerrado alimentam seis das oito grandes bacias hidrográficas do país.
Ameaças à sobrevivência do Cerrado
Seria redundante falar que essa região é importantíssima para o futuro e uma boa manutenção do país. Mas como sua vegetação é diariamente consumida ora pelo desmatamento, ora pelas queimadas, é o momento de falarmos o óbvio.
O Cerrado brasileiro precisa de políticas mais efetivas de proteção. E também da nossa ajuda. De 1º de janeiro até 31 de agosto, foi registrado o maior número de focos de incêndio para esse período desde 2012.
Os dados são do Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Foram 31.556 pontos de fogo no acumulado desses oito meses. Há 9 anos, havia sido registrado 40.567 focos.
A falta de chuva no Cerrado agrava a seca do Pantanal, do Rio São Francisco, chegando até na hidrelétrica de Itaipu, responsável pelo abastecimento de grande parte do Sudeste do país.
Além da falta de chuvas, e consequentemente o aumento nas queimadas, a principal ameaça à preservação do Cerrado é o avanço desenfreado da fronteira agrícola.
Especialistas destacam ainda que obras de infraestruturas como pequenas centrais hidrelétricas e a demanda por carvão vegetal também colocam sua biodiversidade à prova, já que o combustível é oriundo das árvores nativas.
Agora que você sabe ainda mais sobre a importância do Cerrado, contribua com ações e instituições que trabalham dia e noite pela sobrevivência. Exija das autoridades um desenvolvimento sustentável e medidas eficazes de proteção às florestas e biomas.
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